terça-feira, 30 de setembro de 2008

29/09: Ibovespa - Segunda-feira NEGRA

A crise financeira se intensificou e gerou perdas gigantescas ao mercado. Com as estatizações do banco Fortis pela Bélgica, Holanda e Luxemburgo e do banco Bradford & Bingley pelo Reino Unido, além do alemão Hypo Real que foi resgatado por um consórcio de bancos, nos EUA, o Citigroup vai adquirir operações bancárias do Wachovia e o Morgan Stanley venderá uma fatia de 21% ao Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG), maior banco japonês em capitalização de mercado, levou os operadores a acreditarem que a crise se intensificou ao ponto de comprometer os rumos da economia européia. Isso contribuiu para o mercado iniciar o dia com quedas expressivas e culminar com perdas recordes quando o congresso americano não aprovou o pacote do governo Bush para conter a crise. O golpe foi tamanho que acionou o circuit breaker da Bovespa ao atingir 10% de baixa e interrompeu os negócios por 30 minutos.
No fim dos negócios, a Bolsa doméstica caiu 9,36%, na maior queda porcentual desde 14 de janeiro de 1999, quando havia despencado 9,97%. Perdeu 4.754,93 pontos durante o pregão, para fechar em 46.028,06 pontos. Oscilou entre a mínima de 43.766 pontos (-13,82%) e a máxima de 50.473 pontos (-0,08%). No mês, acumula perdas de 17,33% e, no ano, de 27,95%. O giro financeiro somou R$ 5,766 bilhões.
Em Wall Street, os índices fecharam na mínima pontuação do dia. O Dow Jones perdeu 6,98%, aos 10.365,45 pontos. Perdeu 777,68 pontos desde o pregão anterior, na maior queda em pontos da história. O S&P recuou 8,79%, para 1.106,42 pontos, e o Nasdaq tombou 9,14%, para 1.983,73 pontos.
Na Nymex, o contrato para novembro do petróleo recuou 9,84% (US$ 10,52), para US$ 96,37. Foi a maior queda em dólares em 17 anos, por causa da avaliação de que a economia entrará em recessão, com menor demanda por commodities. As commodities agrícolas e metálicas, assim, acompanharam.
A crise se intensifica a cada dia, primeiro começou com o setor imobiliário americano, passou para o financeiro, alcançou o crédito e agora atingiu a confiança do mercado. Apesar da briga política entre os republicanos e os democratas e a conclusão da não aprovação do pacote de socorro da economia americana, outra questão esta em pauta, qual o real efeito para a economia? ... Há consenso que sem o pacote a crise proporcionará efeitos devastadores, mas com ele não há certeza do quanto irá melhorar ou inclusive se é um plano somente político com o intuito de amenizar a situação momentânea e não um plano eficaz para começar a ditar a ordem dos mercados. Ou perguntar que fica no ar, é justo pagar a conta desses especuladores que se deram mal no mercado? ... será melhor deixar a quebradeira continuar, sofrer agora para colher frutos no futuro e deixar a mercê do mercado definição do que irá acontecer?
Com todas essas indefinições, o certo é que o mercado sofreu muito. Acompanhe abaixo o desempenho de algumas ações:

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