Não bastasse a persistente correção nos preços das commodities, os temores de insolvência do banco americano Lehman Brothers também azedaram o ânimo dos investidores da Bolsa de Valores de São Paulo, que fechou com a terceira maior queda do ano. O Ibovespa desabou 4,5% nesta terça-feira, para 48.435 pontos, chegando ao menor nível desde 16 de agosto do ano passado. O giro financeiro foi de R$ 5,04 bilhões. Para a bolsa paulista, prevaleceu o pior dos mundos. Por um lado, a perspectiva de desaceleração econômica internacional manteve os investidores ávidos para sair de ações ligadas a commodities e, de outro, o medo de quebra de bancos nos Estados Unidos evaporou o otimismo da véspera em Wall Street.Traduzindo em números: o índice Dow Jones recuou 2,4%, enquanto o Standard & Poor's 500 teve queda de 3,4%. Ao mesmo tempo, o preço do barril do petróleo baixou aos US$ 102 em Nova York, o menor preço em cinco meses. Das 66 ações do Ibovespa, 58 fecharam o dia no vermelho.
Dentre as piores, apareceram as blue chips. Petrobras despencou 6,3%, para R$ 28,35. Vale cedeu 4,3%, a R$ 33,34. BM&F Bovespa mergulhou 9,5%, para R$ 9,20.
Com uma busca tão frenética por liquidez imediata, os investidores fecharam os olhos a notícias potencialmente positivas para empresas da Bovespa. A Vale confirmou que está negociando um aumento dos preços de seu minério para clientes na Ásia e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) teve melhora do rating pela agência Moody's na véspera. Como os fundamentos fortes têm funcionado cada vez menos para sustentar os preços dos papéis, os profissionais de mercado estão se agarrando mais a indicadores grafistas. E as notícias não são boas.
Graficamente os índices apontam que, no curto prazo, o Ibovespa pode cair até os 45 mil pontos, acrescentou Bandeira.
Acompanhe abaixo o fechamento das principais ações:
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