
A forte volatilidade vista na Bovespa ficou restrita ao período da manhã e, na sessão vespertina, a bolsa operou de vento em popa, chegando a subir mais de 3% no melhor momento. As pechinchas, após os tombos recentes, atraíram os até ontem avessos investidores estrangeiros e o bom desempenho das ações em Wall Street também abriu o apetite pelo risco. Em Wall Street, as afirmações do presidente-executivo do Lehman Brothers, Richard Fuld, de que a empresa tomou medidas definitivas para responder aos problemas de capital e a recuperação de papéis ligados a energia e indústria sustentaram os índices acionários no azul, mas estes fecharam longe das máximas com a retomada das preocupações com o setor financeiro. Contudo, as ações do Lehman viraram para fechar em baixa de quase 7%. No segmento de prefixados, o mercado de juros continuou operando convicto de que o Copom elevará em 0,75 a Selic nesta noite e as taxas curtas, que mais refletem as apostas para a política monetária de curto prazo, pouco oscilaram. Nos DIs longos, houve queda significativa, motivada por ajuste técnico. O dólar não acompanhou a melhora de seus pares e manteve-se em trajetória ascendente, alinhado ao movimento externo. A alta de hoje zerou as perdas acumuladas no ano e a moeda norte-americana agora
contabiliza um ganho de 0,56% frente ao real no balcão.
No final do pregão, a Bovespa registrou alta de 2,46%, aos 49.633,2 pontos. Com isso, conseguiu diminuir as perdas em setembro para -10,86% e as de 2008 para -22,31%. A amplitude da variação do índice mostra o que foi a volatilidade nos negócios nesta quarta-feira: na mínima do dia, o Ibovespa atingiu 47.606 pontos (-1,71%) e a máxima de 49.957 pontos (+3,14%), uma diferença de mais de 2,3 mil pontos. O giro financeiro também engordou e somou R$ 6,245 bilhões, o maior em quase um mês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário