Depois de ganhos generalizados na sexta-feira, hoje o mercado trabalhou com mais racionalidade e com certa preocupação. Muitas dúvidas com relação ao plano de socorro do governo americano as instituições envolvidas na crise levaram o mercado a operar na retranca e esperando um melhor momento para atacar, como não teve oportunidades, ou melhor, nada de esclarecimentos, a realização de lucros foi inevitável. Dentre as questões a serem respondidas, algumas são:1. Como será fixado o preço dos ativos "podres"?
2. Qual o tamanho do custo para o contribuinte?
3. Quais serão as exigências dos democratas para aprovar o plano?
4. Quanto tempo demoraria o Congresso norte-americano para bater o martelo?
5. E o endividamento do setor público que passaria de US$10,6 trilhões para US$11,3 trilhões?
Diante deste cenário, o Ibovespa recuou 2,86% para 51.540 pontos. No mês, as perdas
somam 7,43% e, no ano, 19,32%. O giro financeiro totalizou R$ 5,352 bilhões.
Nos EUA o movimento não foi diferente, o índice Dow Jones recuou 3,27%, para 11.015 pontos, o S&P fechou em baixa de 3,82%, aos 1.207pontos, e o Nasdaq caiu 4,17%, aos 2.178 pontos. Outro motivo que intensificou o movimento de perdas foi a forte alta do petróleo. A commodity subiu 15,66% para US$120,92 para o vencimento outubro registrando a maior alta da Nymex para esse mercado. A volta das refinarias depois das paralisações causadas pelos furacões no Golfo do México e falta de liquidez para o vencimento de outubro foram as causas justificadas pelo mercado.
Amanhã o presidente do Fed, Bem Bernanke e o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson irão falar no Comitê dos Bancos do Senado apartir das 10:30 horário de Brasília e dificilmente a Bovespa irá definir seus rumos sem ouvir o discurso de ambos.
Acompanhe abaixo o desempenho de algumas ações:
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