16/09: Ibovespa – Reviravolta no mercado e alívio para os investidores

Depois de um início agitado e apreensivo o mercado financeiro foi se preparando para a divulgação da taxa de juros pelo Fed. O dia começou com baixas expressivas e logo no início foi conhecida a índice de preços ao consumidor (CPI) que veio inalterado como previsto pelo mercado e o núcleo que exclui energia e alimentos registrou alta de 0,2%, também como esperado pelos analistas. Mais tarde veio o que o mercado mais esperava e o Fed surpreendentemente manteve a taxa de juros americana em 2% e contagiou negativamente os pregões em todo mundo. Contudo, a atuação mais conservadora do Fed, aliada aos boatos de intervenção na seguradora AIG pelo próprio banco central americano (auxílio de US$85 bilhões em troca de 80% da participação da empresa) e a notícia de que o inglês Barclays comprará a unidade de capitais do Lehman Brothers, sustentaram melhora do mercado.

A melhora do humor com a AIG e o Fed fez com que os índices acionários subissem em Wall Street. O Dow Jones avançou 1,30%, aos 11.059,02 pontos, o S&P teve alta de 1,75%, aos 1.213,60, e o Nasdaq, de 1,28%, para 2.207,90 pontos. No statement, o Fomc alegou que não cortou a taxa de juros porque ainda teme a inflação, mas reconheceu que as condições do mercado se deterioraram após a crise do Lehman.
O Ibovespa subiu 1,68%, aos 49.228,92 pontos. No mês, as perdas foram ligeiramente reduzidas, para -11,59% e, no ano, para -22,94%. O giro totalizou R$ 6,466 bilhões.
Ainda é cedo para avaliar o real pode de destruição da crise americana. Pelo menos o que parece que o atual capítulo foi contornado e o mercado financeiro pode celebrar dias mais calmos até o próximo episódio. Alguns analistas acreditam que a crise somente será conhecida em toda sua extensão no início do próximo ano.
Acompanhe o desempenho de algumas ações: