
O mercado da soja chega ao final da semana com uma tendência de recuperação. Depois das seguidas quedas registradas na Bolsa de Chicago no início da semana, os preços do grão voltaram a entrar numa trajetória de alta, suportados por alguns fundamentos, influências externas e compra especulativas. Ontem, na bolsa americana, Os contratos com vencimento em novembro tiveram ganhos quase 3% e fecharam a US$ 8,8450 por bushel, enquanto as entregas para janeiro foram negociadas a US$ 8,8850, com ganhos de 23,75 cents. Com a recuperação de ontem, o mercado chega ao último dia de negócios dessa semana acumulando ganhos semanais de 2,02% para os contratos de novembro, 0,94% para os papéis de janeiro e 0,67% para março.De qualquer forma, o mercado ainda está incerto em relação à economia mundial e à consolidação de um quadro de recessão. Apesar disso, as exportações de soja dos Estados Unidos ainda demonstram força, sinalizando que existe demanda no mercado internacional, fator esse que reduz as pressões sobre os valores da soja. Dados divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostraram que as exportações semanais dos Estados Unidos foram 784,1 mil toneladas, volume dentro das expectativas do mercado, que previa um volume entre 600 mil e 900 mil toneladas. Outro motivo que tem dado suporte ao mercado são os baixos níveis de preços, já que, mesmo com a alta, as cotações ainda estão abaixo de US$ 9,00 por bushel. Essa condição sobre vendida do mercado com as recentes quedas nos últimos pregões abriram espaço para a recuperação de ontem. Aliado a esse fator, os preços tiveram suporte da demanda de exportação e das condições climáticas, que ainda ameaçam as lavouras americanas. Outro ponto de suporte para os preços da soja foi a valorização do petróleo no mercado internacional, que voltou a subir depois da possibilidade de redução na produção dos países da Opep e também na alta do mercado de ações americano. No mercado interno, os preços da soja na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) acompanham de perto a trajetória de Chicago. Ontem, o mercado também fechou em alta, com os contratos para março fechando o pregão em alta de 3% a US$ 20,00 por saca. No mercado físico, praticamente todas as praças de negociação também fecharam em alta. A maior parte dos negócios acabou sendo realizado durante a manhã, quando o dólar superou os R$ 2,50. Os ganhos só não foram maiores porque ao longo do dia o Banco Central voltou a fazer leilão da moeda americana, fazendo com que o dólar fechasse em baixa de mais de 3% a R$ 2,305.

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