
O mercado trabalhou com muitas incertezas quando as alterações e aprovação do plano do governo americano para salvar as instituições financeiras. Diante dessas circunstâncias o mercado na Bovespa fechou com 0,52% de alta, aos 49.798,65 pontos com volume de R$5,03 bilhões. Nos EUA o índice Dow Jones fechou com em baixa de 0,18%, aos 10.831,07 pontos. Os analistas trabalham com o cenário de desaquecimento econômico não somente nos EUA, mas também na zona do Euro e no Japão. Em função disso a expectativa com relação a aprovação do pacote cresce a cada dia pela real necessidade de ajuda que o mercado requer na atual conjuntura. A frase que circula no mercado sobre o pacote é "ruim com ele, pior sem ele". Já está muito claro que o problema não é mais somente dos Estados Unidos, uma vez que a Europa e o Japão estão sendo fortemente afetados. Depois da nacionalização de alguns bancos, ontem o continente se deparou com a maior iniciativa isolada de combate à crise, quando o governo da Irlanda decidiu garantir todos os depósitos do sistema bancário por dois anos. Isso significa uma responsabilidade de 500 bilhões de euros, comparados com um PIB de 190 bilhões de euros. Agora, analistas acreditam que outros países da Europa podem se ver obrigados a seguir a mesma linha. Para os especialistas do UBS, a Espanha pode adotar medida semelhante. No Reino Unido, a pressão é grande sobre o primeiro-ministro Gordon Brown para que amplie as garantias dos depósitos. Até porque, segundo informação do The Times, empresários e grandes poupadores do país já começam a remanejar seus recursos para a Irlanda. As preocupações com o sistema financeiro atingem até mesmo a Índia, um dos principais emergentes. Ontem, o banco central indiano teve de afirmar que a instituição tem liquidez suficiente. O objetivo foi impedir uma corrida ao ICICI Bank, diante dos rumores sobre sua solidez. Em mais uma mostra de que a crise se alastrou para as economias desenvolvidas, o índice da pesquisa Tankan, que mede a confiança do empresariado do Japão, ficou negativo em setembro (-3 pontos) pela primeira vez em cinco anos.
De acordo com alguns operadores não basta somente a aprovação do plano, mas também as condições que serão divulgadas para conter a crise. Dentre elas podemos citar:- elevação do limite de dep. garantidos pelo corp. de seguro e dep. de US$100 mil para US$250 mil;- prorrogação de créditos fiscais para empresas e projetos de energia renovável;- incluir prorrogação de corte de impostos, porém os democratas estão contra;- Mudanças nas regras contábeis de ajuste no valor dos ativos ao valor de mercado, conhecidas como "marcação a mercado", estão entre as medidas que possivelmente constam no plano que o Senado pretende apreciar hoje, após o pôr-do-sol, quando termina o Ano Novo judaico, diz o Wall Street Journal. A legislação vai em direção à decisão ontem da SEC de dar às companhias mais tempo para que apontem o valor de ativos que atualmente não têm compradores. Outra possível proposta que consta no plano a ser apreciado hoje no Senado é de benefício aos desempregados, diz o Journal.- Ontem, reguladores dos mercados dos EUA, como a SEC e a Financial Accounting Standards Board (FASB - Comissão de Padrões Contábeis Financeiros) emitiram orientações sobre como contabilizar o valor justo dos ativos sem liquidez, prevendo que os diretores de empresas usem seus próprios modelos e interpretações para estimar o valor justo quando nenhuma referência de mercado estiver disponível. Os reguladores prometeram divulgar esclarecimentos adicionais "no final desta semana".
O mercado irá aguardar os rumos que o senado irá definir para tomar suas decisões.
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