
No encerramento, o índice e registrou declínio de 1,01%, aos 39.043,39 pontos - de 38.083 pontos na mínima (-3,44%) e 39.980 pontos na máxima (+1,37%). O volume financeiro somou R$ 4,382 bilhões. No mês, o índice acumula perda de 21,19% e no ano, de 38,89%.
"As notícias têm reforçado a determinação dos governos e dos bancos centrais em injetar recursos nos bancos e no mercado", afirmou um experiente profissional do mercado financeiro, destacando hoje o pacote de ajuda aos fundos mútuos de mercado monetário nos EUA. "E isso é positivo", afirmou. "Mas o mercado segue com tom negativo por conta da expectativa de recessão. E os indicadores macroeconômicos não têm vindo nada bons", ponderou o profissional. O plano a que ele se refere é a decisão do Fed de financiar até US$ 540 bilhões em compras de dívida de curto prazo dos fundos mútuos de mercado monetário.
Em Wall Street, o noticiário corporativo ofuscou a melhora nos mercados de crédito no exterior e manteve os índices acionários pressionados em território negativo na maior parte do dia. A gigante industrial DuPont e as empresas de tecnologia Texas Instruments e Sun Microsystems divulgaram alerta de resultado, enquanto as taxas de empréstimo entre os bancos seguiram registrando declínio, uma indicação de que o dinheiro começa a fluir no mercado de crédito. À tarde, as bolsas reduziram o declínio, coincidindo com a divulgação do montante de US$ 540 bilhões de ajuda aos investidores do mercado monetário.
A criação do plano já era conhecida desde a manhã, mas o valor só foi noticiado à tarde, e não tinha sido confirmado pelo Fed até o fechamento deste texto. Em Nova York, o Dow Jones encerrou em queda de 2,50%, aos 9.033 pontos; o S&P-500 recuou 3,08%, aos 955 pontos; e o Nasdaq Composite cedeu 4,14%, aos 1.696 pontos. "E a Bovespa está sem tendência, colada nas bolsas dos Estados Unidos. Se lá melhora, aqui melhora e vice-versa", resumiu o diretor de uma corretora em São Paulo. No mercado de crédito, a Libor para empréstimos em dólar para três meses estava em 3,83375%, a mais baixa desde 30 de setembro, de 4,05875% ontem.
Ainda do exterior, a queda nos preços do petróleo corroborou o declínio do Ibovespa, em razão do efeito sobre as ações da Petrobras - apesar de os papéis mostrarem um ensaio de melhora à tarde. Na Nymex, o contrato para novembro da commodity, que venceu hoje, terminou a jornada com queda de 4,53%, a US$ 70,89. Na Bovespa, as preferenciais da Petrobras recuaram 1,54% e as ON caíram 0,98%.
As ações da Vale, por sua vez, sustentaram os ganhos até o final. Conforme apurou a jornalista Lucia Kassai, do AE Empresas & Setores, os papéis encontraram suporte na expectativa positiva em torno dos resultados da Vale, que serão divulgados na quinta-feira, e em rumores, negados pela mineradora, de que a companhia teria feito nova oferta de compra da anglo-suíça Xstrata. Vale PNA encerrou o dia em alta de 1,15% e Vale ON subiu 1,02%.
As ações do setor da construção seguiram entre as maiores altas do Ibovespa, ainda sob efeito da sinalização de que governo brasileiro poderá ajudar as empresas da área em meio aos efeitos da crise financeira internacional, que tende a reduzir a oferta de crédito. O ministro da Fazenda Guido Mantega, informou que o governo está elaborando um sistema para viabilizar de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões para financiamento ao setor. Rossi Residencial ON subiu 11,94% e liderou os ganhos no índice, seguida por JBS ON (+10,39%) e Gafisa ON, com +7,41%.
As maiores quedas do índice foram registradas por: ALL Unit (-11,79%), BM&FBovespa ON (-5,91%) e Tim Participações PN (-5,87%).(
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