A tão esperada aprovação do pacote do governo americano não surtiu o efeito esperado nos mercados globais. O mercado financeiro operava tranquilamente e a Bovespa mesmo em movimento de realização de lucros computava 3% de alta, mas assim que o pacote foi aprovado na câmara dos deputados os operadores em sinal de puro descrédito zeraram suas posições e as bolsas amargaram novos prejuízos.No fechamento, reduziu um pouco as perdas, registrando uma queda de 3,53%, aos 44.517,32 pontos - a menor pontuação desde 28 de março de 2007, quando terminou em 44.484 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 5,035 bilhões. O declínio de hoje fez a Bolsa acumular uma perda de 12,34% na semana. No mês de outubro, o recuo é de 10,14% e, no ano, já supera 30% (-30,32%).
O plano, que deverá ser a maior intervenção do governo nos mercados financeiros desde a Grande Depressão, representa uma ajuda de US$ 700 bilhões para as empresas combinado com US$ 152 bilhões em incentivos fiscais e instrumentos para os reguladores federais lidarem com a crescente crise econômica. Em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou em baixa de 1,50% e o S&P500, de 1,35%.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou hoje que foram cortadas 159 mil vagas de trabalho em setembro, maior corte desde março de 2003. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam perda de 105 mil vagas em setembro. Esse dado sinaliza que a economia americana já esta em recessão.
As ações do setor bancário, por sua vez, foram afetadas ainda pela medida decidida ontem à noite pelo Banco Central de que os bancos que adquirirem carteiras de crédito de outras instituições terão redução do depósito compulsório dos depósitos a prazo. Os grandes bancos entenderam o recado do BC e devem comprar carteiras.
O mercado deverá ficar mais ligado do que nunca na agenda financeira para analisar a situação dos EUA.
Confira abaixo o comportamento de algumas empresas:
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