domingo, 24 de agosto de 2008

22/08: Ibovespa: Gringos saem e bolsa cai em ritmo de “weekend”

O Ibovespa caiu 0,15% e fechou a 55.850 pontos. Depois que o presidente do Fed, Ben Bernanke, anunciou que não deve aumentar os juros em função de acreditar que a inflação deve pressionar menos a economia. Com isso, o dólar subiu e derrubou as commodities com destaque para a forte queda do petróleo que caiu U$S 6,59 para U$S 114,53, a maior queda desde janeiro de 1981. O índice Dow Jones deve um bom desempenho e fechou cotado a 11.628 pontos com 1,73% de alta. De acordo com a Agência Estado, o outro motivou que deu tranqüilidade ao mercado foi: a notícia de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul estuda a possibilidade de fazer uma oferta pelo Lehman Brothers, dando alento aos papéis dois dias depois de a instituição não ter conseguido fechar acordo para vender até 50% de suas ações para investidores asiáticos. Apesar de a notícia do Lehman favorecer o segmento financeiro, Fannie Mae e Freddie Mac continuaram como destaques de baixa, diante da possibilidade de que venham a sofrer intervenção federal. Segundo o investidor Warren Buffett, as duas agências vêm sondando o mercado em busca de ajuda, mas, para ele, o tamanho do suporte que precisam seria tão elevado que não deve vir do setor privado. Hoje, a Moody's cortou o rating de solidez financeira bancária de ambas de B- para D+.
No Brasil as ações relacionadas a commodities foram penalizadas e o dia foi de realização. Menos mal que o volume foi de ritmo de weekend (R$3,376 bilhões), o que amenizou a fuga de capital da Bovespa. Em 2008, a Bolsa acumula a saída recorde de R$ 16,392 bilhões em capital externo, mas no mês de agosto os investidores estrangeiros começam a dar sinais de que o pior já passou. No dia 19, dado mais recente divulgado pela bolsa paulista, foi registrada a entrada líquida de R$ 7,067 milhões. Com o resultado, no mês o volume de retiradas diminuiu para R$ 2,108 bilhões. Apesar de considerável, a soma é bem inferior ao saldo negativo de R$ 7,415 bilhões apurado em junho e ao de R$ 7,626 bilhões de julho - dois recordes históricos.
O volume financeiro e principalmente os recursos provenientes do exterior é que irão definir a tendência do mercado brasileiro. Como a crise americana ainda pode gerar surpresas desagradáveis, não podemos descartar a possibilidade do fluxo financeiro finalizar o ano negativo.
Acompanhe abaixo o desempenho das principais ações:

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