Se ontem foi uma surra, hoje podemos considerar que a Bovespa levou um koka (menor pontuação do judô) do mercado. O Ibovespa fechou a 54.503 pontos com 0,40% de queda. O bom desempenho das blue chips, Petrobrás e Vale, no início do pregão alavancaram o índice que chegou a trabalhar acima dos 55 mil pontos. Porém, Wall Street trabalhou como vilão da estória. Com o prejuízo anunciado de US$1,5 bilhão o JP Morgan credenciou as bolsas americanas a trabalharem em território negativo: Dow Jones caiu 1,19% e o S&P500 com queda de 1,2%. Nem mesmo o recuo do petróleo foi suficiente para conter o mercado americano.A decepção do dia foi o comportamento das ações da Petrobras que divulgou lucro recorde de R$8,78 bilhões no 2º trimestre do ano e fechou com leve alta de 0,58% a R$32,89. Para complicar ainda mais a situação o presidente Lula declarou que o pré-sal não deve ficar concentrada “na mão de meia dúzia de empresas e que o petróleo não é da Petrobras”. Isso penalizou as ações da petrolífera e gerou mais especulações sobre a criação de outra empresa para administrar o pré-sal.
O petróleo recuou 1,26% e fechou cotado a US$113,01. A tendência de baixa foi amparada com a divulgação da Administração de Informação de Energia (AIE) que a demanda por petróleo nos EUA deverá cair 480 mil por dia, ou 2,3%, para 20,2 milhões de barris por dia este ano. Caso esses números se concretizem será o menor nível anual desde 2003 e a queda seria a maior numa comparação com o ano anterior desde 1982.
Amanhã vence o contrato futuro do Ibovespa agosto que pode gerar muita especulação e as atenções estão voltadas para os indicadores americanos: vendas no varejo nos EUA e estoques de petróleo.
O volume financeiro foi de R$5,19 bilhões. No mês o Ibovespa acumula queda de -8,41% e de 14,69% no ano.
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