quarta-feira, 30 de julho de 2008

29/7: Boi – Forte alta na BM&F


O mercado futuro de boi na BM&F Bovespa para outubro fechou com alta de 1,22 reais cotado a R$95,21. A queda das escalas e o rumor que a Rússia deve aumentar a cota de compras do mercado brasileiro foram os motivos da alta.
No final do dia surgiu um boato que os EUA poderia suspender a compra de carne industrializada do Brasil. Esse fato ainda não tinha sido confirmado até o fim do dia pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes).
Por outro lado, e mais um boato, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) deve reconduzir o status sanitário de Mato Grosso do Sul. O dia será agitado e as cotações irão seguir os fundamentos que se sobreporem diante dos já conhecidos fundamentos do mercado.
No mercado físico os frigoríficos tentam segurar os preços alegando que estão com dificuldade de repassá-los para o varejo. Mas como a lei da oferta e procura é o que determina os preços, é com as escalas recuando, é bom provável que os frigoríficos tenham que melhorar suas ofertas.
O indicador Esalq subiu 0,94% para R$92,82.
Perspectivas para pecuária (conteúdo da Ag. Estado – Broadcast): Dados divulgados ontem pela consultoria AgraFNP projetam que o rebanho bovino brasileiro será de 183 milhões de cabeças em 2017, representando aumento de 7,8% em relação ao número atual, estimado em 169,7 milhões de cabeças. A expectativa a partir de agora é de que haja um aumento contínuo da capacidade de suporte das pastagens, ou seja, um número maior de cabeças em área cada vez menor. Segundo o diretor da AgraFNP, José Vicente Ferraz, a recuperação da produção de carne bovina virá com ganhos contínuos de produtividade. A consultoria prevê uma redução de 17 milhões de hectares na área dedicada à criação de gado, entre 2008 e 2017. Essa perda se dará pela substituição de pastagem por lavouras. A abertura de novas áreas de pastagens nas Regiões Norte de Nordeste não será suficiente para compensar a substituição por lavouras, avalia a consultoria. Nesse sentido, os dados indicam que a produtividade média do Brasil terá um crescimento de 10% até 2017, passando de 1,71 cabeça por hectare previstas para este ano para 1,88 cabeça na próxima década.

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