sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

30/01 – Câmbio: Apesar do PIB americano surpreender, o dólar fecha em alta

A formação da ptax e a divulgação do PIB americano foram ingredientes mais do que interessantes para as negociações de hoje oscilarem com muita volatilidade.

O dólar futuro oscilou entre a mínima de R$2.311 e a máxima de R$2.349, concluindo as operações a R$2.341,00 para o vencimento março de 2009.

O encolhimento de 3,8% no PIB americano do 4º trimestre, mesmo melhor do que o recuo de 5,4% esperado pelos analistas, não foi suficiente para conter a indefinição do mercado. Aliás, o número divulgado foi simplesmente o pior desde 1.982.

Além disso, o recuo de 3,8% seguiu-se a uma queda de 0,5% no terceiro trimestre. E esta é a primeira vez que há duas perdas consecutivas no PIB norte-americano desde as quedas de 3% no quarto trimestre de 1990 e 2% no primeiro trimestre de 1991. A recessão técnica está confirmada, embora ela já tivesse sido constatada oficialmente antes.

Foram divulgados também:

->Índice de Atividade Industrial:
- expectativa (34,5) – resultado (33,3) – mês anterior (35,1)

f]- ->Índice de Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan:

- expectativa (61,9) – resultado (61,2) – mês anterior (60,1)

Os dados acima reforçaram o mau humor dos operadores e o dólar voltou a subir.

O BC cancelou dois leilões de venda de dólar no mercado à vista devido a problemas técnicos. A operação foi realizada por telefone logo em seguida.A ptax de hoje servirá na segunda-feira para a liquidação do dólar fevereiro09 na BM&F e também para os ajustes do vencimento de US$ 10,2 bilhões em contratos de swap cambial, que estarão vencendo na segunda. Deste total, o BC renovou cerca de US$ 9,552 bilhões em swap cambial por meio de cinco leilões de rolagem realizados desde a semana passada. A briga em torno da formação da ptax assegurou ainda um aumento dos volumes de negócios. O giro financeiro total à vista cresceu 62%, para cerca de US$ 3,950 bilhões (US$ 3,670 bilhões em D+2).

A próxima semana promete muita volatilidade, a agenda norte-americana é rica em indicadores importantes. Entre os principais estarão os dados de renda pessoal e gastos com consumo, os índices de atividade industrial e no setor de serviços do ISM, os dados de vendas pendentes de imóveis residenciais e quatro indicadores de emprego: a pesquisa de postos de trabalho no setor privado da Automatic Data Processing/Macroeconomic Advisors, o número de demissões anunciadas por grandes empresas, da Challenger, Gray & Christmas, o número de pedidos de auxílio-desemprego feitos nesta semana e o informe mensal do "payroll".



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