
Segundo a instituição, o crescimento em 2008 será de 3,7%, ante previsão anterior de 3,9%. Já para 2009 a alta deve ser de 2,2%, contra 3% da previsão anterior --que foi divulgada há apenas um mês.
O informe especial indica que o conjunto dos países desenvolvidos terão retração no PIB (Produto Interno Bruto) de 0,3% em 2009. "Se trata da primeira contração anual desde o pós-guerra, embora a queda seja comparável em magnitude com as que ocorreram em 1975 e 1982", informou o FMI em um comunicado.
Uma das quedas mais pesadas esperadas pelo FMI é a dos Estados Unidos. Segundo o órgão, o país que é o cerne da atual crise financeira global terá retração no PIB de 0,7% em 2009 --na previsão anterior, a previsão era de crescimento de 0,1% para o país.
No mesmo período a zona do euro terá recuo de 0,5%. Na previsão anterior, o FMI apostava em crescimento de 0,2%. Para o órgão, a França deve também entrar em recessão em 2009, com uma retração da atividade de 0,5%, contra o crescimento de 0,2% previsto anteriormente. O país mais afetado pela crise deve ser o Reino Unido, com 1,3% de contração da atividade em 2009.
"As perspectivas para o crescimento mundial pioraram nos últimos meses, com a continuidade do movimento de endividamento do setor financeiro e a queda da confiança dos produtores e consumidores", explicou o Fundo, atualizando suas Perspectivas econômicas mundiais.
Segundo ele, os dados "pedem uma nova política de retomada". "Nas economias avançadas, o Fundo prevê que a produção vai diminuir no ano 2009, a primeira queda deste tipo no período pós-guerra", continuou a instituição.
Para as economias em desenvolvimento, o FMI prevê um crescimento de 5,1% para 2009, contra 6,1% previstos há um mês. A China deve continuar sendo um dos motores do crescimento mundial, com 8,5% em 2009.
Na América Latina, o crescimento previsto para 2009 é de 2,5%, ou 0,7 ponto percentual mais baixo do que na previsão anterior. A queda da previsão para 2008 foi menor, de apenas 0,1 ponto --de 4,6% para 4,5%. As apostas sobre o Brasil se mantiveram estáveis em 5,2% para 2008 e caiu de 3,5% para 3% em 2009.
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