quinta-feira, 6 de novembro de 2008

06/11 - Ibovepa: A festinha acabou!!! A crise esta de volta???

Ainda tem muito para o presidente Bush contornar, antes de liberar seu "trono" e "aliviar" sua situação diante dos americanos. Caso não consiga, o mercado não irá perdoar e não temos como esperar dias melhores (quero dizer, mercado com tendência de alta) e novas baixas ou pelo menos muita volatilidade irá perdurar nos pregões ao redor do globo.
O dia começou agitado com o Banco Central Inglês cortando 1,5% da taxa de juros para 3,0% aa e amenizando até então o pessimismo do mercado internacional. Foi o maior corte desde 1981, e a taxa está agora no seu menor nível desde a década de 1950. Segundo o BOE,(Banco Central da Ing a disponibilidade de crédito deverá continuar "restrita por muito tempo". Um trader do mercado disse "O investidor acabou interpretando que, se o corte do juro é grande, o problema também é", disso. O único lado bom é que os players sentiram o comprometimento do Banco Central da Inglaterra com a necessidade do mercado. Mais tarde, o BCE, (Banco Central Europeu), cortou em 0,50% a taxa de juro na zona do Euro para 3,25%aa, o que já não foi suficiente nem mesmo para amenizar as quedas que acompanhavam as bolsas desde cedo.
Nos EUA, as bolsas acompanham a Europa e acompanhou a agenda financeira sem muito entusiasmo com os números que foram divulgados. Acompanhe abaixo:
1. Auxílio Desemprego: recuou 4 mil auxílios (expectativa era inalterada);
2. Taxa de Desemprego: subiu 0,1% para 2,9%, o maior nível desde fevereiro de 1.983;
3. Produtividade da mão de obra: cresceu 1,1% no trimestre (era esperado +0,4%).
As bolsas americanas fecharam com quedas acentuadas. O índice Dow Jones recuava 3,76% depois de atingir a mínima com 4,97% de queda e o S&P500 com queda de 5,11%.

Analisando o comportamento das empresas, o cenário não é nada interessante, confira:
1. A varejista Cisco projetou que sua receita poderá cair em até 10% no atual trimestre, justamente por causa do declínio econômico global;
2. A produtora chinesa de alumina e alumínio Chalco, anunciou hoje cortes de produção superiores a 30%;
3. A siderúrgica alemã Salzgitter também divulgou corte de 30% de sua produção;
4. A Toyota divulgou que seu lucro recuou 70% no último trimestre para o pior nível desde abril de 2002;
A Thomson Reuters disse que as vendas de mesmas lojas como um todo deverão recuar 0,3%, no que seria o pior desempenho desde que a agência começou a acompanhar as divulgações das varejistas, em 2000.
Esse panorama sombrio voltava a pressionar as cotações das commodities. O barril do petróleo cedeu para a US$ 60,70 com 7% de baixa e, de carona, Petrobras tinha baixa de 5,57%, para R$ 22,90.
No Brasil a ata do Copom sinalizou que o juros devem permanecer inalterados, a crise deve aumentar a pressão inflacionária (apesar do BC manter a taxa de 4,5% para 2.009) e que o BC atuará de acordo com o desenrolar da crise.
A Bolsa doméstica terminou o pregão em baixa de 3,77%, aos 36.361,91 pontos, depois de oscilar
entre a mínima de 35.387 pontos (-6,35%) e a máxima de 37.786 pontos (estabilidade). Com o
resultado de hoje, o índice passou a acumular queda em novembro, de 2,4%. No ano, o desempenho está negativo em 43,08%. O giro financeiro totalizou R$ 3,969 bilhões.

Confira abaixo o desempenho de algumas ações da Bovespa e de alguns índices internacionais: (até 18:00)

Acompanhe abaixo a agenda financeiro para os EUA para amanhã:

FMI rebaixa previsão de crescimento mundial para 2008 e 2009

O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu nesta quinta-feira suas previsões de crescimento mundial para 2008 e 2009. A queda, causada pela crise financeira global, será puxada especialmente pelos países desenvolvidos, que para o órgão terão retração pela primeira vez desde 1945.

Segundo a instituição, o crescimento em 2008 será de 3,7%, ante previsão anterior de 3,9%. Já para 2009 a alta deve ser de 2,2%, contra 3% da previsão anterior --que foi divulgada há apenas um mês.

O informe especial indica que o conjunto dos países desenvolvidos terão retração no PIB (Produto Interno Bruto) de 0,3% em 2009. "Se trata da primeira contração anual desde o pós-guerra, embora a queda seja comparável em magnitude com as que ocorreram em 1975 e 1982", informou o FMI em um comunicado.

Uma das quedas mais pesadas esperadas pelo FMI é a dos Estados Unidos. Segundo o órgão, o país que é o cerne da atual crise financeira global terá retração no PIB de 0,7% em 2009 --na previsão anterior, a previsão era de crescimento de 0,1% para o país.

No mesmo período a zona do euro terá recuo de 0,5%. Na previsão anterior, o FMI apostava em crescimento de 0,2%. Para o órgão, a França deve também entrar em recessão em 2009, com uma retração da atividade de 0,5%, contra o crescimento de 0,2% previsto anteriormente. O país mais afetado pela crise deve ser o Reino Unido, com 1,3% de contração da atividade em 2009.

"As perspectivas para o crescimento mundial pioraram nos últimos meses, com a continuidade do movimento de endividamento do setor financeiro e a queda da confiança dos produtores e consumidores", explicou o Fundo, atualizando suas Perspectivas econômicas mundiais.

Segundo ele, os dados "pedem uma nova política de retomada". "Nas economias avançadas, o Fundo prevê que a produção vai diminuir no ano 2009, a primeira queda deste tipo no período pós-guerra", continuou a instituição.

Para as economias em desenvolvimento, o FMI prevê um crescimento de 5,1% para 2009, contra 6,1% previstos há um mês. A China deve continuar sendo um dos motores do crescimento mundial, com 8,5% em 2009.

Na América Latina, o crescimento previsto para 2009 é de 2,5%, ou 0,7 ponto percentual mais baixo do que na previsão anterior. A queda da previsão para 2008 foi menor, de apenas 0,1 ponto --de 4,6% para 4,5%. As apostas sobre o Brasil se mantiveram estáveis em 5,2% para 2008 e caiu de 3,5% para 3% em 2009.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

05/11 – Ibovespa: Dia de realização de lucros e vitória de Obama

O dia foi de realização de lucros iniciadas na Europa, alcançando os EUA e atingindo o Brasil em cheio. A vitória do democrata Barack Obama já havia sido precificada pelo mercado e não afetou os mercados hoje. Nos mais, a agenda não foi benéfica para o mercado, siga abaixo:
- EUA: demissões de outubro: +78% acima de outubro de 2007 e 19% maior que setembro;
- EUA: Vagas criadas no setor privado: -157 mil contra expectativa de -100 mil:
- ISM – Índice de atividade do setor de serviço: 44 contra expectativa de 47 e 50,2 de setembro.
E a ArcelorMittal dobrou, de 15% para 30%, sua intenção de corte na sua produção global no quarto trimestre deste ano para adequar a oferta de aço à redução da demanda. As notícias ruins, também na Europa, reforçaram a realização de lucros nas bolsas ocidentais. Na Europa, o índice de gerentes de compra de atividade do setor de serviços para a zona do euro mostrou contração em outubro, para 45,8, o menor nível já registrado nos dez anos de história da pesquisa. No Reino Unido, o setor de serviços registrou em outubro a maior contração em 12 anos em sua atividade, acentuando as apostas de que o Banco da Inglaterra poderá cortar o juro amanhã em até 1 ponto porcentual.O banco francês BNP Paribas teve queda de 56% no resultado do 3ºTRI e suas ações caia de forma acentuada. Já a produção do setor de manufatura no Reino Unido caiu pelo sétimo mês seguido em setembro, em 0,8%, superando a previsão dos economistas de retração de 0,3%. É a maior retração desde fevereiro de 2007 e o sétimo mês seguido de desaceleração - período mais extenso de queda na produção de manufatura desde 1980. Foi divulgada ainda queda nas vendas no varejo da zona do euro de 0,2% em setembro ante agosto e de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto economistas esperavam queda de 0,3% na comparação mensal e de 2,3% em base anual.
Na Bovespa, as ações trabalhavam com realização de lucros principalmente os bancos e as siderurgias. A Petrobras que apresentou bom desempenho nos últimos dias deve apresentar lucro líquido no trimestre entre R$ 11 bilhões e R$ 13 bilhões na próxima terça-feira. As projeções favoráveis levam em conta os bons resultados anunciados nos últimos dias pelas petrolíferas no exterior.

O Ibovespa terminou o pregão em baixa de 6,13%, aos 37.785,66 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 37.711 pontos (-6,32%) e a máxima de 40.245 pontos (-0,02%). No mês,
acumula alta de 1,42% e, no ano, perdas de 40,85%. O volume financeiro totalizou R$ 4,536 bilhões.

Acompanhe abaixo o desempenho das principais ações da Bovespa e índices internacionais:

Confira abaixo a agenda nos EUA para o dia 06/11:

terça-feira, 4 de novembro de 2008

04/11: Ibovespa – O Retorno

O Ibovespa voltou a atuar acima dos 40 mil pontos e fechou com alta de 5,24% a 40.254 pontos. O índice futuro atingiu 41 mil pontos redondos com alta de 5,13%, oscilando entre a mínima de 39.650 pontos e a máxima de 41.750 pontos. Nos dois primeiros pregões do mês, acumulou ganhos de 8,05%. Em 2008, no entanto, as perdas totalizam 36,99%. O giro financeiro hoje totalizou R$ 5,48 bilhões.
O dia foi calmo com destaque para a eleição nos EUA. As bolsas européias subiram pelo sexto dia seguido e no Brasil foi notado o retorno do investidor estrangeiro e zeragem de posições vendidas que contribui para o bom desempenho da Bovespa que registrou várias altas com desempenho acima de dois dígitos.
Nos EUA, a eleição presidencial não influenciou o mercado e o discurso do novo presidente é que poderá ditar o ritmo dos negócios nos pregões futuros. Ainda em Wall Street, o Tesouro poderá começar a utilizar mais recursos do fundo de US$700 bilhões para comprar participações em seguradoras de bônus e empresas de finanças especializadas.
Na Bovespa, as ações das siderúrgicas, Petrobrás e Vale, amparadas pelo bom desempenhos das commodities tiveram bons desempenhos. No setor bancário, o Unibanco e o Itaú tiveram outro bom desempenho, mas as atenções ficaram para o Banco do Brasil que de acordo com algumas fontes estaria com negociações avançadas para adquirir a Nossa Caixa. O BB registrou alta de 17,25%, a Nossa Caixa ON foi a terceira maior alta, com ganho de 13,86%, Itaú PN avançou 4,84% e Itaúsa PN 6,56%, Bradesco PN 3,17%, Unibanco units, 6,01%. No setor siderúrgico, a Gerdau foi o destaque fechando com alta de 13,70% com a expectativa de que seu lucro cresça 49% acima maior que o do mesmo trimestre do ano anterior.
Acompanhe abaixo o desempenho de algumas ações e índices: